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Avaliação de Ciclo de Vida do PET: conheça o estudo que teve idealização e realização da ABIPET, ABIR e Abiove

Arte ilustrativa sobre o ciclo de vida do PET.

Esse estudo foi coordenado pela ABIPET e teve apoio imprescindível da ABIR e da Abiove, e a colaboração dos diversos elos da cadeia produtiva que estão destacados do sumário executivo.

O corpo técnico deste estudo foi composto pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea), que realiza atividades de pesquisa e desenvolvimento, assistência tecnológica e prestação de serviços pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), que é uma das instituições líderes em ciência aplicada na América Latina, exercendo papel central em inovação por meio de pesquisa, desenvolvimento e assistência técnica especializada em alimentos, bebidas, ingredientes e embalagem, e pela ACV Brasil.

Qual o objetivo do estudo?

Menina bebendo água em garrafa PET.

O objetivo do estudo é orientar o mercado e os consumidores sobre qual é a melhor opção de embalagem do ponto de vista ambiental, trazendo luz científica para um debate que deve orientar o poder de escolha do varejo, da indústria e dos cidadãos.

O estudo comparou as embalagens mais utilizadas para o envase de alimentos líquidos (água, refrigerante e óleo comestível). Para isso, considerou sempre o uso das diferentes alternativas, tendo como base um litro de bebida distribuída no mercado brasileiro.

O que é ACV?

Antes de falarmos do estudo de Avaliação de Ciclo de Vida do PET, vamos falar sobre o que é Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).

ACV é uma técnica com base científica que adota uma visão sistemática para a quantificação dos impactos ambientais de um produto ou serviço ao longo de todo o seu ciclo de vida. 

Deste modo, a partir da abordagem do berço ao túmulo, a ACV considera todos os impactos de um produto, desde a extração das matérias-primas, consumos energéticos, manufatura, transporte, uso e manutenção, reciclagem até a disposição final de um produto.

Para conferir confiabilidade e transparência, a ACV é uma metodologia padronizada pelas normas ISO 14040 e 14044 da Organização Internacional de Padronização (ISO), que define os requisitos e as quatro etapas de um estudo de ACV.

1ª etapa

Definição do objetivo e escopo: é definido o produto a ser avaliado, sua função para comparação com outros produtos, bem como são definidos os níveis de detalhes necessários.

2ª etapa

Análise de inventário: nesta etapa, são coletados os dados de materiais e energia consumidos e das emissões geradas pelo ciclo de vida de um produto.

3ª etapa

Avaliação de impacto do ciclo de vida: os efeitos do uso de recursos e das emissões geradas são agrupados e quantificados na forma de métricas, como mudanças climáticas (pegada de carbono), uso de recursos não renováveis, acidificação, pegada hídrica, entre outros. Os resultados de cada indicador podem ainda ter sua importância avaliada por normalização e, eventualmente, também por ponderação.

4ª etapa

Interpretação: a interpretação de um ciclo de vida envolve revisão crítica, determinação da sensibilidade dos dados e reporte das oportunidades para redução de impactos ao longo de toda a cadeia de valor.

A ACV tem sido uma das principais ferramentas em sustentabilidade para identificar em que local da cadeia de valor acontecem os impactos ambientais mais relevantes.

Saiba mais no portal Rede ACV.

O que é o estudo de ACV do PET?

Arte ilustrativa sobre a sustentabilidade no ciclo de vida do PET.

A “Análise do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” segue o que há de mais atual quando o assunto é a avaliação de toda a cadeia de valor para a produção, envase e distribuição de um produto em uma embalagem. 

Também conhecido como estudo “do berço ao túmulo”, faz uma análise do impacto ambiental que vai desde a extração da matéria-prima até seu descarte final, passando pela produção, envase, transporte, comercialização e reciclagem pós-consumo.

Sabe qual a importância de validações técnicas e científicas independentes nestes estudos?

A “Análise do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos” é um projeto para o Brasil, construído a várias mãos, por diferentes elos do mercado, sob a coordenação da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), com a participação ativa da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), além de importantes contribuições de grandes empresas destes setores.

As equipes do Centro de Tecnologia de Embalagens, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/CETEA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, construíram um genuíno inventário do Ciclo de Vida das Embalagens PET. 

Já a comparação com outras embalagens foi conduzida pela empresa ACV Brasil, especialista neste tipo de avaliação.

O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens por meio da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores, com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.

São elas:  ADM, ALPEK, AMBEV, AMCOR, BUNGE, CARGILL, COCA-COLA, CONVENÇÃO RJ, DANONE, ENGEPACK, FEMSA, GLOBAL PET, HEINEKEN, IMCOPA, INDORAMA, LDC, MATE COURO, MINALBA, PEPSI, PETRÓPOLIS, PLASTIPAK, RECOFARMA, SOLAR e VALGROUP.

Além da credibilidade dos dados utilizados, o estudo ACV foi submetido à revisão crítica feita por especialistas de grandes universidades brasileiras a fim de assegurar que os resultados para as afirmações comparativas estejam de acordo com os requisitos de qualidade da norma ABNT NBR ISO 14040:2009 e ABNT NBR ISO 14044:2006.

O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência como por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em aspectos técnicos e indicadores cientificamente aceitos. 

Só assim será possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e publicações distorcidas com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente.  

O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer quando se trata da reciclagem de plástico, mas os esforços tanto da indústria quanto da sociedade são essenciais para alcançar um futuro mais verde e circular. Reciclar é mais do que um ato ambiental — é um compromisso com as próximas gerações e com o planeta. 

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